junho 20, 2015

Isadora Calônio: Metamorfose existencial


Imaginamos que vivam dentro de nós seres destruidores. Os insetos interiores. Por vezes, cada um de nós se viu em situações em que achou melhor não se mexer. Sua zona de conforto o impediu de realizar grandes ou pequenos projetos por medo de fracassar. Já se sentiu diminuído, invisível, incapaz? Os insetos interiores trabalham dessa forma. São inférteis, incapazes de reproduzir qualquer coisa boa. Alimentam-se de nós, de nossa paz e ciência. São os nossos medos: A sombra no escuro quando se está prestes a dormir, o reflexo no espelho, o barulho estranho na cozinha, o silêncio no corredor sombrio, a acomodação, a preguiça, o estado de humilhação conformada perante a sociedade, a sensação de solidão ao observar pessoas conversando a sua volta e você sozinho. Tudo isso nos impede de seguir adiante
.
Assim, nos descomprometemos com o próprio rumo, seguimos sem grandes expectativas. Tendo e não sendo, existindo e não vivendo. Nossos particípios se tornam mesquinhos com a ação dos insetos interiores. Que corpo é esse que já não se aguenta? Vivemos esperando o dia em que seremos melhores.

Por que nós deixamos os insetos interiores agir?

Os seres humanos são feitos de sentimentos, não somos insetos. Mas nós infectamos a nós mesmos quando deixamos de lado nossa essência. Sua essência é capaz de combater qualquer inseto. Seja você.

Sua essência é o antídoto contra o medo, a dor, a humilhação, sentimentos negativos, a impotência, o desânimo, o desamor. Preste atenção em você e dê atenção para aqueles que o façam bem. Não deixe de lado o tesouro de ser o que você é. Descubra-se da casca que a sociedade te impõe, saia de tua tenda, do seu mundo escuro, e brilhe sem limitações. Abra-se para novos planos e casas, amando a esperança que salta os muros, subverta o mundo.

Porque ao se fecharem as cortinas do teatro da existência, estaremos todos sobre o mesmo chão. O que ficará é o legado de sua essência. Seja branco, seja negro. Seja rico ou seja pobre. Seja do jeito que for. A alma não tem cercas.

Isadora Calônico

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