junho 22, 2015

Juliana Bittencourt: Telas em branco


Eu tenho essa mania de criar inúmeras metáforas na tentativa de explicar as coisas, tentar achar um significado meio poético e romantizado para acontecimentos diários.

Num desses devaneios do dia a dia, percebi que todos nós somos arte. Quando respiramos pela primeira vez nesse mundo, somos telas em branco, sem uma única gota de tinta, cheias de potencial para serem pintadas, com o passar do tempo vamos aos poucos preenchendo essa tela, com lembranças, acontecimentos, sentimentos e influências.

Cada tela é singular, afinal ninguém viveu exatamente as mesmas experiências que você e nem as senti ou pensa da mesma forma e isto é no mínimo incrível. O ruim, o horrível, o impensável é achar que sua tela é a certa, a ideal, é achar que existe uma forma correta, de se vestir, de ser, de amar.

É preciso entender que nem tudo é preto e branco, há nuances de cinza e todas as cores do arco-íris misturadas. Se alguém prefere o impressionismo de Monet, não há absolutamente nada de errado em gostar das telas surrealistas de Dalí. Afinal na arte, não há o correto, o certo. Há aquilo que te agrada, que transmite suas ideias, que te faz sentir.

Juliana Bittencourt

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